domingo, 19 de dezembro de 2010

Uma vida sem sonhos


Alguns dizem que a natureza humana é reclamar. Quando está quente, reclamam que queriam o frio. Quando está frio, reclamam que gostariam que estivesse quente. Como se não bastasse o tempo, os seres humanos reclamam de vários outros detalhes.
Já notaram como é moda reclamar da política? Como reclama-se da violência, da pobreza, de como não sobra tempo para nada, como se está gordo, como a vida é muito corrida, como se tem saudades desse ou daquele...
Quem me conhece sabe que não sou uma exceção, reclamo constantemente, mas também sabem que não sou alguém que reclama e deixa por assim mesmo. Raramente vejo a pessoa que reclama da violência fazer algo para tentar amenizá-la. Nem que isto seja se mudar para um lugar menos violento. E aqueles que não tem tempo para nada, gastam o tempo que poderiam fazer algo útil em reclamações. Os que estão gordos não se exercitam e nem controlam a alimentação, os que tem saudade não fazem uma simples ligação...
Tudo bem reclamar, mas então façamos algo para mudar. Aqueles que conseguem algo na vida são aqueles que vão atrás de maneiras de mudá-la para alcançarem aquilo que buscam. E é dessa maneira que a vida parece tão mágica para alguns.
Chega de dizer “como a vida é boa para fulano de tal”. Que tal falar “agora a vida será boa para mim”. Pouco se precisa para isso.
Não é bonito conversar, ter uma habilidade diferente? Já pensou em aprender francês, a língua dos amantes? Ou então italiano, alemão, as línguas dos descendentes de muitas pessoas desse país?
E aquela praça pela qual você passa todo dia? Você para por lá mais do que passa correndo por ela? Já reparou nas árvores que ali estão? Quantas pessoas já sentaram naqueles bancos, cada qual com um pensamento diferente, com uma emoção especial, com minutos de seu tempo para apreciar a vida. Não é mágico sentar sob a sombra de uma destas árvores e sentir o vento em seu cabelo? A vida parece passar diferente para quem dali observa.
Para se ter uma vida melhor, basta dizer “Eu vou” ao invés de “Como seria bom se”. Fomos feitos para aproveitarmos a vida que nos foi dada. Não importa o quão corrida ela seja, se você acha que não há tempo para isso ou aquilo. O tempo, já foi dito, é relativo. Cada um controla o seu relógio, depende apenas do indivíduo.
Reclamava que no meu primeiro apartamento não havia sacada e aquilo me deixava depressivo. Mudei para um apartamento no alto com sacada e uma vista de dar inveja. Então reclamei que nunca mais entrei em contato direto com a natureza. Meu novo condomínio tem um trilha numa área de preservação e até hoje não fui lá. Vergonhoso. Mas não basta eu descer do meu andar, e seguir até lá? Sem me importar com o que os vizinhos vão achar? Afinal, por que seria vergonhoso ir numa trilha?
Nossa mente é aberta desde que assim desejarmos. Se nos prendermos a pequenos detalhes jamais iremos seguir em frente. Iremos sempre ouvir aquela voz nos dizendo “não dá, não pode, impossível”.
Diga adeus às suas correntes, a vida passa, mesmo sem você. Então acorde, faça aquela caminhada, se inscreva para aquele curso de francês, doe uma cesta de alimentos para uma família carente, mude-se, seja sincero com seu chefe, vá até aquela trilha!
Como diria um grande sábio chamado Jason Mraz: “What if this plans are collapsible?”. Estamos sujeitos a tudo na vida, portanto tome uma atitude! Acorde! Torne sua vida mágica, mas acima de tudo VIVA.