domingo, 29 de julho de 2012

Semântica

Uma troca de olhares, um sorriso meio tímido, um pensamento seguido de uma escolha que leva a um certo destino.
Não é curioso como tudo funciona? Tantas vezes fala-se em dois caminhos e uma só possibilidade. Nas pessoas que te acompanham, nas implicações que isso terá. Aí, tão rápido quanto aquela estrela cadente que você viu cair noites atrás, surge esse momento que bagunça tudo e te deixa embasbacado.
Aquela música de fundo, aquele nervosismo singular, você sente-se suando frio com uma urgência de roer suas unhas. Ao mesmo tempo que sente medo em envolver-se, seu coração o trai buscando a adrenalina das emoções à flor da pele.
Seja você, seja seu amigo, sejam seus familiares, quem for. As peculiaridades da vida ocorrem de similar maneira, perspicaz, o que muda é o modo como cada um trabalha com isso. Alguns preferem titularidade, outros são mais reservados.
O dilema é que o futuro está envolto em um véu muito obscuro e não há como se adivinhar as oportunidades  às quais você será apresentado em alguns dias, horas, minutos...
Mais curioso ainda, é que este mesmo dilema consegue adequar-se ao passado. Quem nunca se perdeu imaginando aqueles "Tempos de Ouro". Como tudo era mais simples, mais devagar, em como as pessoas eram melhores. Será mesmo?
Os terremotos que bagunçam sua vida hoje, também fizeram-se presentes em diversas ocasiões. O fato é que nunca saberemos quando ocorreram, ou como se sucederam. O maior presente da humanidade, que também é sua maior desgraça, é a individualidade que nos permite a discrição nos momentos certos e que também nos lega o sofrimento em silêncio.
Então o que seria essa troca de olhares? Esse sorriso meio tímido? Esse pensamento que levou a uma escolha que, por sua vez traçou um destino?
Será um novo romance, como você está imaginando? Ou será uma troca de olhares perante um novo desafio, uma nova possibilidade? O que um autor quer dizer com suas palavras? Não te incomoda não saber?
"A vida e seus mistérios". Tão clichê.
Seja em Paris, seja em Singapura, Miami, São Paulo... Qualquer pessoa, de qualquer lugar tem seus momentos de perdição. Mas uma perdição através da imaginação, da lembrança e da vontade. Todos são apresentados a momentos de trocas de olhares, de sorrisos tímidos, de pensamentos com decisões.
Qual o objetivo desse texto?, pergunta-se o leitor. Toma-se o contexto que preferir, novamente entra o individualismo como presente ou maldição. O que quer se dizer, sabe-se somente no momento da escrita. O que far-se-á depois, lega-se ao momento. E assim tem sido por todos os tempos.