Já imaginou
que irreal seria se as pessoas fossem elas mesmas? Se no calor do instante, no
aflorar das emoções e na expressão dos sentimentos não existissem máscaras? Se
alguém pudesse ser ela mesma sem medo de julgamentos, se uma pessoa não pudesse
ser falsa e tivesse de mostrar suas reais intenções perante os demais, assim
translúcido como a água?
Em um simples
bom dia, uma troca de olhares, até mesmo uma sorriso: tudo seria verdadeiro.
Amigos seriam diferenciados de outros quaisquer, e aqueles com maldade
impregnada no fundo de suas almas sofreriam. Aquele “Boa sorte”, ou aquele “obrigado”
não seriam mais seguidos daqueles pensamentos obscuros de maldade, de mentira,
estes que preenchem a moral e abusam da inocência, da ingenuidade e da boa
vontade.
No dia a dia
teríamos que aprender a sermos nós mesmos. A conviver com nossos defeitos, a
enfrentar a rejeição, a brigar mais, e a fazer mais as pazes. Porque no fim, de
que serve uma briga se não para que o concílio exista? De que serve uma
verdade, se não para que o ouvinte desta mesma a processe e reflita sobre o seu
significado?
Já imaginou em
que mundo insano viveríamos? Sem máscaras, sem mentiras, com várias decepções,
com várias amarguras, com muita superação, com muito aprendizado. E, por fim,
já imaginou que surreal seria você começar a ser você mesmo, de verdade, agora?
Doido não? Não consigo imaginar...